sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Caminhos da Existência

Nunca gostei do outono, estação em que as folhas caem e as árvores se despem de sua elegância.
Não gosto das folhas amarelas espalhadas pelo chão e nem dos galhos pelados. Não gosto das cores do outono.
Antes, prefiro a primavera, com sua exuberância colorida.
Gosto dos brotos novos que despontam nos galhos, anunciando uma nova folhagem.
Gosto das flores, dos pássaros, dos sons, das promessas de novos sabores.
Gosto do cheiro da primavera.
Mas sei que não há primavera sem outono.
Da mesma forma que sei que não há verão sem inverno.
Assim, passam as estações da minha vida.
Misturando momentos de felicidade e exuberância, com outros não tão felizes.
Feliz sou eu, quando consigo perceber que há algo mais do que aquele dia ruim que me faz sofrer.
Há uma vida que pulsa pelas minha artérias e me diz que tudo o que eu tenho foi construído.
Construí os meus dias, vivendo.
Fiz minha história.
Uma história que começou há muito tempo atrás e segue como um rio, de encontro ao mar.
Rio de correntezas e rodamoinhos.
Rio de águas, quase sempre cristalinas, mas que aqui e ali guardam sim um segredo ou outro.
Porque tenho meus mistérios e gosto de tê-los.
Não é fácil decifrar-me.
Mas é fácil encantar-se por essas águas, navegáveis, amigas, acolhedoras.
Vamos juntos, de encontro ao mar.
Porque juntos, é mais fácil percorrer os caminhos da existência.

2 comentários:

  1. quem conhece sabe o quanto essa história escrita é bonita!

    vc tem razão, é bom ter alguem pra ajudar com os remos...

    espero q td esteja bem por ai ta?

    bjsss

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  2. É....., realmente, o dia a dia é que mostra o quao necessário é o amor! Porque ele é construçao com alicerce. O amor é paciencia, é companheirismo e cumplicidade. Ele sabe esperar.
    Bom ler seus textos, ajuda a conhecer a mim mesma. Beijo!

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