quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

SOLIDÃO


Porque há dias em que a solidão não incomoda, antes, conforta...
Ontem foi um desses dias.
Recebi alguns tantos convites para o Natal.
Cheguei a pensar seriamente em aceitar dois.
Mas ambos tinham implicações que eu não queria.
Ontem eu não queria ver famílias contentes comemorando.
Ontem eu não queria correr nenhum tipo de risco...
Os riscos são mesmo inerentes à própria existência. Não há como viver sem correr riscos.
O risco de estar só eu corri ontem.
E não foi tão mal assim.
Há tempos já tinha descoberto que sou boa companhia para mim mesma.
Conforto-me na dose exata. Repreendo-me na medida precisa. Incentivo-me mais do que qualquer um poderia incentivar. Há tempos que sou fã dessa criatura que vive em mim...
Dormi.
Sonhei sonhos inimagináveis.
Recebi torpedos madrugada a dentro.
E novamente descubro que há mais gente que gosta de mim do que eu imaginava.
Sorri.
Dormi de novo.
Sonhei mais um tanto.
Acordei.
Mais outros tantos telefonemas.
E a certeza de que sim, existe vida pós Natal.
E sim, aceitarei os convites de hoje...

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