sábado, 20 de dezembro de 2008

Delicadeza de sentimentos

É delicado amar.
Poético, doce, encantador.
Mas pode ser doído às vezes.
O amor não é uma coisa fácil que acontece como mágica e se faz sem nenhuma dificuldade.
Antes o amor é um sentimento que nasce frágil e deve ser alimentado com muito carinho, respeito, companheirismo e uma dose de renúncia.
Amar é doar-se.
E num mundo onde todo mundo quer receber, o amor parece estar em extinção.
Aquele sentimento forte, que vence qualquer batalha, parece não existir mais.
Na verdade o amor ainda existe.
O que não existe é disposição para construí-lo.
Vejo pessoas correndo atrás de sensações fáceis, de emoções baratas, de aventuras.
Quando conhecem alguém, são capazes de se apaixonar, mas o amor, cadê?
Não resiste ao primeiro defeito, ao primeiro não, à primeira dificuldade...
Tenho procurado o amor mais dentro de mim do que fora.
Tenho buscado em mim a capacidade de doar-me.
E o que tenho visto é que tenho ainda uma incrível montanha de egoísmo a superar.
Os anos endureceram o meu coração, queria poder dizer que não, mas vejo-me hoje muito mais desconfiada do que aos 15 anos.
Hoje eu faço perguntas, antes de dar a mão.
Hoje eu tenho aquela sensação de que não basta um para construir um grande amor.
É preciso muito mais do que dois.
É preciso a perfeita conjunção de dois sentimentos que lutam contra tudo e contra todos e vencem o mundo, a hipocrisia, o preconceito...e por que não? a distância!

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